segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Que Justiça?

Que Justiça?

Hoje Sábado, dia 26 de Dezembro 2009, fui tomar o meu cafezinho à habitual pastelaria que fica a uns 300 metros de minha casa. Entrei como de costume e deparei-me com o jornal de notícias da casa, pousado na mesa onde me fui sentar, o que não é habitual pois costuma estar junto às revistas, num armário com uma vitrina para esse efeito.

Olhei para o dito jornal e foi então que reparei num título que atraiu a minha curiosidade.

Acusado de homicídio, por matar assaltante. Procurei o artigo nas páginas respectivas e comecei a ler os comentários. Como sou apologista de uma Justiça digna mas firme para com os criminosos, fiquei revoltado com a inversão que a Justiça? (fez), no que diz respeito aos presumíveis culpados. Então não é, que a nossa justiça com um j dos mais minúsculos que existem, acaba de acusar de homicídio, a vítima do assalto à sua ourivesaria?

O criminoso bandalho que veio a falecer, só teve o fim que merecia, pois que além de ter sido impedido pelos capangas de disparar a matar (ainda dentro do estabelecimento) sobre aquele a quem estava a roubar, uma vez lá fora ao fugir, continuou com os disparos deixando rastos dessa violência, nos muros do prédio. Que Justiça digna desse nome, acusa as vítimas que ousam responder em legítima defesa, aos ataques cada vez mais violentos e mesmo fatais, dessa escumalha?

Esses energúmenos fugiram, com mais de 200 mil euros em mercadoria (tendo-a vendido a um desonesto funcionário de outra ourivesaria), pela módica quantia de 7 mil euros) deixaram o amigo morrer por falta de assistência, pois continuaram os assaltos com o capanga a agonizar dentro do carro, mas no fim, passados 5 meses a nossa Justiça indigna desse nome, em vez de condenar o resto da quadrilha (por essa falta de assistência) acusa a vítima, de homicídio.

Pelos vistos, o assaltado só seria considerado vítima, se tivesse ficado impassível e morresse atingido pelas balas dos seus assaltantes. É no mínimo, revoltante.

Além disso, esses amigos do alheio já tinham (na sua maioria) cadastro judicial suficiente para se encontrarem “hospedados” num dos hotéis do Estado português, por uns largos anos. Só não se encontram na prisão, por termos a justiça que temos e que facilita a vida dos criminosos.

Assaltos a outras ourivesarias, a bancos, a residências, postos de combustíveis, carjackings em abundância, em várias cidades do grande Porto e mesmo na capital do móvel etc. Enfim! Um currículo invejável nos meios criminais e tendo em conta a idade dos protagonistas. Eram indivíduos para quem a violência fazia parte do seu quotidiano. Como neste último caso, não hesitavam a disparar mesmo desnecessariamente, contra as próprias vítimas.

Sinto-me revoltado e mesmo insultado como cidadão, por vermos nas nossas instituições judiciais, tamanhas injustiças!

Como poderemos nós confiar numa justiça que, em vez de acusar e condenar os criminosos, acusa e muitas vezes condena as vítimas? É mesmo, o paradoxo dos paradoxos!

Com tudo isto, também culpo esses deputados que votam ou votaram leis, que dificultam a vida de quem produz, facilitando a vida da escória. Exercerão alguns desses deputados, o mesmo ofício? Ou então, terão uma cota parte dos lucros? Por vezes, é essa a impressão que tenho quando vejo nos canais de televisão, um deputado a justificar essa extrema violência com argumentos, que só nos induzem a acreditar que se encontram, do outro lado da barreira.

Esses indivíduos, facilitam o trabalho dos advogados da defesa, dos criminosos!

Ao contrário dessa gentalha política, eu sou de opinião de que nada justifica o roubo e a violência, nem mesmo a pobreza. Eu sou oriundo de uma família pobre e numerosa, tendo passado por imensas dificuldades, mas nunca usei desse pretexto para enveredar por esse caminho. Trabalhar com garra, foi sempre o meu lema.

Pode cansar e fazer suar, mas dá-me mais dignidade!

Infelizmente, muita gentinha só consegue viver do crime (deve ser menos cansativo e mais produtivo) e muitas vezes a Justiça, ao contrário daquilo que apregoa, compensa o crime quando manda para casa os criminosos, apanhados em flagrante delito.

Não quero, que o crime compense!

Sem comentários:

Enviar um comentário