domingo, 20 de dezembro de 2009

As minhas opiniões!

Antes de mais, tenho a dizer que não simpatizo com políticos e que tento ser imparcial nas minhas opiniões. Podem considerar o que se segue, como unicamente o meu ponto de vista.

No Domingo, ao fim da tarde do dia 7 de Junho de 2009, assistimos à alegria de todos aqueles partidos que se encontram na oposição, ao governo socialista. Todos rejubilavam de forma impudente, dando-nos a nítida impressão, de terem esquecido o motivo pelo qual estavam a festejar.

Sublinhei essa palavra (impudente), porque no meu humilde entender foi mesmo uma falta de Ética, Dignidade, Pudor e Respeito pelo povo português, terem festejado tão ruidosamente, esse acontecimento.

Antes de avançar devo ainda dizer que, praticamente todos os governos e todos os partidos, que neles comparticiparam depois do 25 de Abril, deram o seu contributo para a situação actual do País.

E não foram só, os chamados grandes partidos, ou bloco central.
Todos os partidos sem excepção actualmente representados na AR, têm a sua cota parte de responsabilidade, no estado actual do país.

Nenhum deles pode apontar o dedo aos outros ou atirar pedras, pois são todos culpados.

A única diferença, foi que o 1º Ministro e o governo actual, superou-os a todos.

O nosso 1º Ministro, não se esforçou ou então esqueceu-se, de cumprir o prometido em teoria, aquando das eleições. Quando teve que passar à prática e nas coisas mais importantes como; o Emprego, a Saúde, a Segurança, a Educação, os Impostos, e a Justiça, ele omitiu todas essas promessas e até fez o contrário daquilo que prometeu. Não só não melhorou, como até piorou em tudo isso e em mais alguma coisa.

Falhou em tudo e nada cumpriu, ficando-se apenas pelas promessas. Como nós sabemos, de promessas está o mundo cheio. Foi o governo socialista, que provocou e vos proporcionou com o seu mau governo, tanta euforia, fazendo com que esquecêsseis, que também sois culpados.

Também não quer isto dizer, que a recente crise global esteja isenta de culpa, mas já antes desta crise o País estava a ser muito mal governado, pelo actual governo.

O País está de rastos mas a oposição festeja, esquecendo momentaneamente, as causas que a levaram à vitória. Tendo em conta a péssima gestão deste governo os resultados foram tudo, menos uma derrota.

O 1º Ministro, demonstrou uma inaptidão quase absoluta. Se tivermos em linha de conta, todas as promessas feitas pelo candidato do PS, promessas que o levaram ao governo e ao não cumprimento das mesmas, o PS, quase não foi castigado. Deu-me a impressão de ter sido apenas, um pequeno aviso.

Algumas das promessas feitas pelo actual 1º Ministro durante as eleições, fizeram-me duvidar do seu estado de saúde mental.

Principalmente aquela, que dizia respeito à criação de 150 mil empregos mas ainda à diminuição de 150 mil funcionários públicos, o que, para respeitar aquelas promessas o obrigaria na realidade, a criar 300 mil empregos.

Isto é de loucos. E essa loucura, esteve patente durante todo o mandato do PS. Este governo, vai ficar na história de Portugal e do PS, como uma violência ao País e ao seu ao povo. Portugal, ficou de rastos.

Por tudo isto e vendo o resultado das últimas eleições, penso o contrário de toda a gente. O 1º Ministro deveria ter sido arrasado por uma derrota estrondosa, mas tal não foi o caso, pois que o PS ficou a uns escassos 5 ou 6 pontos percentuais do seu rival mais directo; o PSD.

Assim sendo e a haver uma vitória, pessoalmente, considero que foi o PS que saiu vitorioso e que quem perdeu, foi Portugal.

Essas eleições, demonstraram mais uma vez, que o povo português continua com a memória curta ou pior ainda, que perdeu a memória por completo. Receio muito que, a credulidade dos portugueses continue presente nas próximas eleições e que mais uma vez, este povo se deixe enganar por aquele que passou todo o mandato, a mentir-lhes. É que o nosso actual 1º Ministro tem como verdades, todas as mentiras que profere sem pejo. Mentir sem vergonha, faz parte da sua personalidade. Está-lhe no sangue e não há nada a fazer. Mentir para ele torna-se tão importante, quanto o respirar.

Penso sinceramente que tão cedo, não se repetirá uma maioria absoluta para qualquer dos dois partidos, do bloco central. Espero sinceramente que os portugueses abram bem os olhos doravante e que não se deixem enganar tão facilmente, como nas últimas legislativas europeias.

Vamos voltar, à festança da vitória.

Eram na minha opinião, cenas pouco dignas.

Não compreendo como se pode festejar, estando o país e o povo a sofrer o martírio. Festeja-se a felicidade e não o sofrimento. Agindo assim, os nossos políticos da oposição, mostram-nos que se rejubilam com os fracassos do governo, na esperança de poderem eleger mais alguns deputados. Comportam-se como verdadeiros abutres, que esperam que o leão se farte da presa para irem aproveitar o resto da carcaça. Indigno de um ser humano

Em ocasiões como estas, é necessário e imperativo ter pudor. Claro que muitos dos deputados que nos representam no Parlamento, não conhecem o significado e a definição dessa palavra. E os que a conhecem, não lhe dão valor, porque a carreira pessoal é posta em primeiro lugar. Se realmente tivessem pudor, uma grande parte deles demitir-se-ia. O que conta é a vitória, mesmo quando ela é devida à infelicidade de todo um povo. O resto, é secundário.

Primeiro eu, depois eu e sempre eu.

Apresenta-se pela frente, uma tarefa muito difícil para o próximo governo, sejam quais for os eleitos (até podem ser os mesmos), pois o país encontra-se numa situação, quase desesperada. O desemprego vai continuar a subir, o poder de compra vai continuar a descer.

Se a oposição não trabalhar honestamente e opor-se apenas porque é oposição, o nosso país poderá entrar em colapso. Neste momento crítico, o país não precisa de utopias.

É necessário realismo e consciência da realidade desta fase que estamos a atravessar e que todos os partidos assumam alguma responsabilidade pelos seus actos, ao serviço do país.

Fazer oposição quando necessário é importante para o país, porém, toda crítica negativa deve ser justificada, argumentada e acoplada, com alternativas credíveis.

Até agora, não me parece ter sido o caso, salvo raras excepções. O Parlamento, parece estar paralisado e praticamente sem ideias. Por favor, deixem-se de quezílias e unam-se todos, no interesse do País.

Criticar simplesmente porque se está na oposição, não é construtivo. Pode ser mesmo o contrário. Destrutivo.

É necessário ter ideias, mas ideias que façam avançar o País. Não podem ser ideias vazias de sentido em momentos de crise. Aquelas a que vulgarmente chamamos de; ideias peregrinas.

Têm que ser ideias ou proposições que tenham em conta, o estado actual do País e do mundo.

Toda e qualquer proposta deve ser feita, tendo em conta o interesse do País e do seu Povo. Não adianta apresentar ideias que momentaneamente resolvam os problemas, mas que pouco depois, nos estrangule ainda mais.

No futuro, sejam criativos e procurem ajudar o país que no momento actual, passa por uma crise sem paralelo, depois do 25 de Abril.

Hoje mais do que nunca, o nosso País precisa de gente capaz de fazer face, às adversidades. Gente que se empenhe e que situe o País, acima das ambições pessoais. Até à prova do contrário, não temos gente dessa no nosso Parlamento.

Não podemos meter a culpa unicamente, nesta recente crise global que afecta o mundo. Já antes o país se encontrava em crise, só que agora evidentemente, piorou. O País começou a acentuar o seu declínio, imediatamente após o 25 de Abril, embora antes com o antigo regime, não nos encontrássemos em boas condições.

Quando se instaurou a Democracia os vários governos que se seguiram, demonstraram uma incapacidade inata para conduzir o País na direcção da prosperidade. Nos primeiros anos de democracia, o próprio povo não prestava atenção (imbuído que estava a saborear a, ainda recente liberdade), às políticas seguidas e que nos levavam inexoravelmente, para o caos.

Depois, veio a aderência à CEE, que piorou ainda mais a nossa situação. Aliás, foi nessa altura, que Portugal começou a descontrolar-se. A partir dessa data, Portugal passou a comportar-se como um arrumador de carros. Em vez de procurar ter o máximo de autonomia trabalhando para produzir, limitou-se a viver das monumentais esmolas, concedidas pela UE.

Criou-se uma grande dependência das importantes ajudas monetárias vindas da UE, ajudas essas enviadas para certos objectivos, que tinham como objectivo principal, a nossa evolução para o progresso.

Infelizmente, muito desse dinheiro desapareceu nos bolsos de gente sem escrúpulos e amigos do dinheiro alheio. Não houve rigor na distribuição, nem controlo nas aplicações desses capitais. Muitos dos objectivos ficaram-se pelo papel, outros ficaram a meio.

Existem por esse País fora, pontes sem acessos, estradas que não levam a lado nenhum e outras estruturas, que nem sequer têm alguma utilidade.

Pobre de ti Portugal e pobre povo português.

Portugal parecia vislumbrado com tanto dinheiro vindo do nada, que nunca pensou em controlar as despesas públicas e esqueceu-se de verificar, se o dinheiro era ou não aplicado e ainda, se bem aplicado. Cada ministério, distribuía esses fundos comunitários a torto e a direito, sem se dar ao trabalho de saber para onde iriam esses fundos. E foi assim, que muitos desses fundos foram desviados para proveito próprio.

Foi assim que Portugal se habituou a ver duplicados ou mesmo triplicados, o custo de muitas obras públicas.

. Hoje, que tanto se fala do levantamento do sigilo sobre as contas bancárias, ninguém se lembra de investigar sobre as contas bancárias de muitos daqueles que, pela posição que ocupavam, têm a ver com o desaparecimento de vários milhares de milhões, dos subsídios europeus.

Muitos enriqueceram e outros ficaram ainda mais ricos. Se as contas abertas em bancos no estrangeiro falassem…

Se os nossos investigadores e procuradores da República, quisessem realmente trabalhar com empenho e integridade, tenho a nítida impressão que muitas pessoas com nomes sonantes, das tais que se encontram acima de qualquer suspeita, estariam encarceradas com uma pena bastante pesada.

Essa gentalha, mergulhou o País na mediocridade.

Aumentaram-se os salários do sector público e escandalosamente, o número desses mesmos funcionários. Aumentaram-se mordomias e regalias, o esbanjamento de capital foi de tal forma, que até tínhamos a impressão de que Portugal, era a América.

Cada governo, cada partido, cada autarquia, arranjava inúmeros empregos para familiares, amigos e gente da mesma cor política, sem se preocuparem se eram ou não necessários, se eram ou não competentes. Foi uma constante, caça ao voto. Deveríamos mesmo classificar essa forma de emprego, como uma recuperação política.

Ilegal, imoral e muito ruinosa.

Portugal, deve ser dos países na Europa, que mais Funcionários Públicos tem por milhão de habitantes, sem contar todos aqueles que trabalham com recibos verdes e que são muitos milhares e os mais penalizados, pois não têm; subsídio de férias, 13º mês, nem todas aquelas mordomias e regalias que fazem parte dos direitos adquiridos de quem é quadro na Função Publica!

Contando com aqueles que trabalham a recibos verdes, Portugal deve rondar os 900 mil funcionários b públicos. Para um País com 10 milhões de habitantes, esse número é um peso enorme para a economia nacional.

São 9% ou 1 funcionário público, para menos de 12 habitantes. Ou ainda 1 funcionário público para 6 contribuintes activos.

Por incrível que pareça, ainda faltam muitos funcionários em alguns serviços, quando outros chegam a ter o triplo. Isto mostra-nos a incompetência dos que organizam e coordenam as necessidades dos serviços em meios, ou recursos humanos.

Houve sindicatos da Função Pública liderados por cabecilhas de partidos, que nessas alturas, reivindicava a torto e a direito, sempre mais e mais aumentos de salários, mordomias e regalias, cruzando cada vez mais a distância salarial, entre o Zé-povinho e a Função Pública. Claro que o funcionário público exultava, com a facilidade com que os governos cediam às pressões sindicais. Claro que nessas alturas das vacas gordas, toda a gente aspirava a entrar nos quadros do Estado.

O País dava a impressão de ter implantado o apartaide, que existia na África do Sul. De um lado os portugueses de 1ª representados pela Função Pública, do outro os portugueses de 2ª, representados pela classe operária no privado.

Agora com os salários congelados depois de alguns anos, a Função Pública mal habituada, grita, berra e vocifera, contra aquilo que já devia ter sido feito desde o início.

Fala-se tanto em perseguir o suborno, a corrupção e o tráfico de influência, mas nunca como depois do 25 de Abril isso foi, está e continua tão realmente presente. O caso Freeport, é o mais gritante de pelo seu impacto na nossa opinião, sobre a nossa classe política actual. Também temos os casos BPN, BPP e outros, que nos fazem ter vergonha da nossa classe média alta mas também, de alguns dos nossos mais conceituados políticos.

Mais do que nunca, é urgente combater essa praga.

No que diz respeito á segurança também se torna urgente, que as autoridades competentes, não permitam que se escapem os traficantes de droga, os pedófilos, nem os que tenham cometido crimes de sangue.

Terroristas, abaixo com eles.

Que se metam na prisão os criminosos e não os inocentes ou agentes da Polícia. Que para os criminosos acima mencionados, haja firmeza e uma justiça, digna desse nome.

Não permitam que no nosso País, existam zonas de não direito e que a droga seja distribuída impunemente, em pleno dia e em público. Não transformem as nossas escolas, num lugar propício à distribuição de drogas.

Não justifiquem o assassinato das forças da ordem, com falsos pretextos.

Não ataquem a polícia, cada vez que morre um criminoso armado, que desobedece às intimações das autoridades e que dispara ou tenta disparar com armas brancas ou de fogo, contra a polícia. Sejam claros, nas vossas posições.

Deixem de nos dar a impressão, que cada vez que isso acontece, estão do lado dos criminosos.

Não deixem que o crime, compense. Não deixem arquivar, os processos em curso. Pela Honra da Justiça, dignifiquem-na.

Teria muito mais para dizer, mas por hoje, chega.

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