Ferreira Leite e Francisco Louçã
Debate político entre
Neste Domingo 6 de Setembro de 2009, assisti a mais um debate (sem garra), entre os dois protagonistas, acima citados. Às vezes, até chego a pensar que fazem de propósito, ou então que sou eu, que não sei o que é importante ou o que quero. Talvez sejam as duas coisas.
O fanatismo e a cegueira voluntária, que representam a utopia de alguns protagonistas, que ainda não se deram conta que, o regime soviético do qual são nostálgicos e no qual fizeram escola (que destruiu e desmoronou o grande potencial económico desse império totalitário, pois que era e é, produtor de energia); já era. Eles ainda não compreenderam que essa forma de fazer política destrói mais, do que constrói. Corta a natural ambição ao ser humano, que não se contenta de viver, vegetando.
Assim como age em público, enviando farpas ou insinuações veladas, o Sr. Chico, continua a ser o mesmo em confronto directo. Parece não se dar conta, de que ao contrário daquilo que pensa, não é o dono da verdade. Ninguém o consegue demolir, das suas ideias utópicas. Ainda não se deu conta das consequências dessas ideias, na antiga União Soviética. Como se costuma dizer; o pior cego, é aquele que não quer ver. E ele, com as suas utopias, é um autêntico cegueta. No meu humilde entender, necessita de óculos especiais, que lhe mostrem que o caminho que tem seguido, é o caminho errado.
Notei entretanto, que o Francisco Louçã não agiu da mesma maneira que agiu com o seu camarada, Jerónimo de Sousa. Já é muito mais agressivo, arrogante e frontal com esta protagonista, do que o foi com o seu camarada de aulas. Até se compreende. Esta protagonista, já apresenta um pouco mais de conteúdo e não se limita como o seu amigo, a deixar passar o tempo e a evitar conflitos com um indivíduo, que tem praticamente as mesmas ideias. Algumas a serem aceites, provocariam sem a mínima dúvida, o suicídio económico do nosso país.
Tudo isto seria bom, se o que ele diz fosse importante em tempos de crise, mas abordar o problema da sexualidade ou antes da homossexualidade e do casamento entre esses mesmos, não vejo em que isso possa ajudar a resolver, os problemas mais prementes do nosso País.
No que diz respeito a este problema, tenho ainda a nítida impressão de que as pessoas (donde o Chico faz parte), que defendem essas ideias, não devem conhecer a definição da palavra, casamento. Esta palavra vem de; casal. Um casal, não é ao contrário do que ele pensa, duas pessoas, mas, um homem, mais uma mulher. Portanto, não existe casamento entre duas pessoas do mesmo sexo.
Procurem outra palavra mais adequada a essas situações. Proponho-vos duas palavras que no meu entender, mais se adequam a essas situações.
Contra-nature! ----- Ou então, Parelha!
Não lamento ser frontal neste assunto, nem aceito que me cataloguem no logótipo de antiquado. Não me sinto obrigado a seguir modas ou manias, que me desagradem.
Agora, voltemos a coisas mais importantes.
O desemprego e a fome, adveniente da situação precária, a saúde, a segurança ou antes, a falta dela, a educação, a poluição do ar, das águas e o aquecimento global provocado pelo efeito de estufa e as suas consequências no degelo dos pólos e por conseguinte, no nível do mar, esses sim, são temas muito mais importantes e dramáticos na nossa realidade.
É verdade que o Chico falou do desemprego do tempo do PSD e de mais de uma centena e meia de milhares de desempregos, que o PSD criou. Fez bem em mostrar à candidata que o PSD, também não foi nenhum santo nesta matéria e que não fez milagres. Mas também não apresenta medidas, que sejam credíveis para a resolução desse problema.
Seria bom que depois de criticar, também se empenhasse em encontrar e propor medidas (não utópicas) que pudessem parar ou pelo menos reduzir substancialmente essa calamidade do desemprego, que provoca muita miséria e desespero no país. Milhares de famílias, encontram-se em risco de perderem as suas casas, se nada for feito no intuito de salvar a economia do país.
Muito poucas proposições feitas por esse indivíduo, são aceitáveis e realizáveis no contexto actual.
Já na saúde, foi de uma teimosia obtusa quando a candidata do PSD lhe disse que, preferia pagar mais caro no privado para salvar uma vida, do que deixar morrer uma pessoa, por falta de atendimento no Serviço Nacional de Saúde. Ele com a sua intransigência, mostrou que o seu interesse pelo Serviço Nacional de Saúde, está à frente do interesse que consiste, em salvar uma vida humana. Essa sua convicção, nem em casos extremos cede. É pura e simplesmente, desumano. A cegueira das suas utopias impedem-no de ver mais longe, do que a ponta do seu nariz.
Existem casos, em que pessoas são chamadas para uma consulta marcada há anos, depois das pessoas terem falecido há meses e por vezes, há anos. É esta saúde, que o Parte Loiça defende? Ele como político, não tem razão de queixa. Se necessário, vai a uma clínica privada pois quem paga é o contribuinte. Esse mesmo, que espera durante meses ou anos e a quem chamam depois de morto e enterrado para que o Estado não tenha despesa, mas também para que tenha sempre dinheiro suficiente para salvar a vida do Chico Parte Loiça se necessário, numa dessas clínicas privadas, que o estupor condena.
Não os ouvi falar da insegurança que reina no País e portanto, urge encontrar medidas que permitam ao contribuinte, viver em paz e sem receio dos criminosos. Nas cidades e aldeias, a cada dia que passa, cresce o número de pessoas que têm medo de sair à rua. A Justiça, ao libertar os criminosos em vez de os guardar nas prisões, está a contribuir para o mal-estar. Torna-se necessário agir, antes que as pessoas se decidam a fazer justiça pelas suas próprias mãos. Se os políticos e a Justiça não encontram medidas adequadas nesse sentido, de que nos servem?
Nalgumas das suas intervenções públicas a respeito do crime, o Chico chega a dar-me a impressão, de estar do outro lado da barreira. Ataca verbalmente e com uma certa agressividade verbal, as medidas aplicadas em casos extremos pelas forças de segurança e defende os criminosos.
E a segurança nas escolas e à volta delas? Quem resolve esse problema? Andam traficantes de droga á volta das escolas e até dentro delas. É necessário observar com atenção e agir, em caso de movimentos suspeitos.
Os traficantes sabem muito bem, que o ambiente escolar é propício a essa espécie de negócios. Estes protagonistas, nem uma palavra disseram sobre esta matéria. Voltando ao debate. Como se tratava de um confronto de ideias entre duas políticas muito divergentes, antevi um debate muito mais aguerrido do que realmente foi. É o que eu espero dessas diferenças de ideias. Tornar os debates mais interessantes.
Não foi o que vi neste debate. Talvez um pouco mais animado, mas não deixou de ser morno. Tanto um como outro são conhecidos pela diferente visão nas suas políticas, mas não deixou de ser um debate morno.
De um lado, vi arrogância e mesmo tentativas de manipulação. Do outro, hesitação face aos ataques do Chico e muita moleza!
Esperava mais principalmente da parte do PSD, que me desiludiu com um programa pouco ambicioso. Pelo que disse a sua líder sobre o seu programa, não a considero uma boa alternativa a José Sócrates.
Precisamos urgentemente, de muito melhor.
PS: Sendo eu um ignorante em matéria política, talvez estivesse à espera que os debates políticos fossem mais, do que aquilo são. Quero que sejam importantes e interessantes no seu conteúdo, mas também agradáveis a presenciar e a ouvir. Sentir pelo tom da voz do falante, que é sincero e que se consegue aperceber a emoção e a sinceridade, nas palavras proferidas. Sentir, que ele não está ali para preencher o espaço-tempo que lhe é permitido, mas também para com a assertividade das suas proposições, deixar o outro interlocutor embasbacado e mesmo admirado com a garra e a sinceridade do adversário expressas no seu rosto, enquanto expõe as suas ideias.
É isso, o que eu chamo de debate. Sentir que se acredita realmente naquilo que se diz e expõe, ao outro protagonista. Não ser falacioso, não ser manipulador ao expor as suas ideias. Argumentá-las, justificá-las e se necessário com explicações pormenorizadas, até que o adversário fique completamente esclarecido.
Sabem de uma coisa?
Sinto uma grande tristeza e desilusão por não ver nos nossos actuais líderes políticos, uma única pessoa que possua a estirpe necessária para ser um bom político.
Comparo-os, a jóias de fantasia. Bonitos e com boa aparência exterior, mas sem grande valor interior. De uma ponta à outra da nossa AR, estão todos completamente vazios. Ocos!
Tratai dos neurónios!