GALP
Ladroagem nos Combustíveis
Durante o primeiro trimestre de 2008, o barril de crude chegou a ultrapassar os 150 dólares USA. Por essa altura, o preço da gasolina sem chumbo ultrapassou ligeiramente 1,5 euros.
Semanas houve, em que os combustíveis aumentaram 3 ou 4 vezes. Eram raras as semanas, em que não sofríamos com 2 ou 3 aumentos. Como houve contestação, o Presidenta da GALP veio dizer nos canais de televisão, que se via na obrigação de repercutir nas bombas, os constantes aumentos do barril de crude.
Passado o pior, o preço do barril desceu rapidamente e muito mais do que aquilo que tinha subido, mas as companhias petrolíferas hesitavam a acompanhar a descida e a GALP, até pôs um travão para não acompanhar a vertiginosa descida, do preço do barril. Parecia ter medo de escorregar e quebrar uma perna.
Em fins de Novembro do mesmo ano, o preço do barril encontrava-se a menos de 60 dólares ou seja, a menos de 40 por cento do preço máximo atingido, mas nas bombas os combustíveis só tinham descido uns meros 20 cêntimos. Com uma baixa de mais de 60 por cento nos mercados internacionais, a GALP quase não mexia nos preços. O roubo era evidente. A GALP era quase sempre a última a baixar os preços, mas quando se tratava de aumentar encontrava-se sempre, na linha da frente.
Nova contestação e o Presidente da petrolífera nacional, que quase sempre antecipava os aumentos, desta vez anunciou a toda a Imprensa que o preço do barril, nada tinha a ver com o preço nas bombas. Ficamos esclarecidos
Pelos vistos, só tinha a ver quando subia.
Tendo observado atentamente as subidas e descidas dos preços, cheguei a uma conclusão. A GALP controla os preços com a cumplicidade do Estado, mas também com os agradecimentos dos governantes que, desta maneira pouco elegante conseguem obter mais impostos, sem dar a impressão de os ir buscar. Com esta atitude, a Galp pressiona a concorrência a também acompanhar os seus exageros.
Hoje, dia 20 de Maio de 2009, o barril de crude e do brent rondam os 59 dólares nos mercados internacionais. Fui encher o meu depósito e paguei a gasolina sem chumbo a 1,283 euros.
Aliás, depois de algum tempo tenho notado que os preços dos combustíveis tem vindo a subir gradualmente nas bombas, mesmo quando o preço do barril baixa. Mais uma vez, isso tem um nome muito feio. Roubo! Cada vez que vou à bomba costumo meter 30 euros de combustível.
Nos princípios de Fevereiro consegui meter 26,33 litros, mas hoje dia 20 de Maio 3 meses e meio depois, só consegui meter 23, 38 litros, com o mesmo dinheiro. 26,33-23,38=2,95 litros a menos. Praticamente 3 litros a menos. 2,95 a menos representa 11,2 por cento de aumento em apenas 105 dias. A continuar assim a subida anual, promete-nos um aumento de cerca de 39 por cento.
É obra, principalmente se tivermos em conta que neste espaço de tempo o preço do barril oscilava abaixo dos 60 dólares.
Isto quer dizer que, se um dia destes o barril chegar ao preço histórico de 150 dólares, pagaremos o litro nas bombas à volta dos 3 euros. Aumenta nas bombas quando aumenta na produção, aumenta nas bombas quando estagna na produção e aumenta nas bombas, quando baixa na produção. É sempre a aumentar, é sempre a roubar.
A GALP, com a sua política de preços altos, está a dar cabo das nossas economias, mas está a encher os cofres da empresa que não podemos esquecer, pertence ao Estado.
Os governantes agradecem pois quanto mais alto for o preço, mais pesado será o imposto sobre os combustíveis. Enchem-se os cofres da GALP e ganha o Estado.
Nem em tempos de crise nos deixam em paz! Aliás, penso mesmo que é em tempos de crise, que somos mais penalizados.
Se fosse uma empresa privada, muitos deputados diriam que é um escândalo, mas como é do Estado, tornam-se cúmplices pelo silêncio observado.
Também se compreende. Eles têm todos ou penso que têm, o combustível de graça. Que se venda a 1 ou a 5 euros, é-lhes indiferente. É esta a classe política que temos. O que eles querem, é aquilo que o zé povo diz. O poleiro!`´E pena que todos se acomodem porque se assim não fosse, o País estaria muito melhor e por conseguinte, teríamos o nosso povo a viver mais feliz.
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